O Grande Conflito – Ellen G. White

Os livros de Ellen White sempre são polêmicos, porém todos com embasamentos nas Escrituras Sagradas e na Bíblia.

Já havia iniciado a leitura deste livro há muitos anos. Naquela época, não entendi nada. Retornando agora, pude perceber o meu amadurecimento no assunto.

Fiquei feliz pela leitura.

Confesso que senti momentos interessantes na leitura. Aprendi alguma coisa. Porém, em contrapartida, o assunto ficou repetitivo. Por exemplo, a palavra Satanás apareceu muitas vezes. Isso me causou um certo desconforto, pois não concordo em certas situações apontadas por Ellen.

E isto que é brilhante no livro pois você não precisa e nem deve concordar com tudo, mas respeitar e assimilar aquilo que está de acordo com a sua consciência e o que você acredita.  

Neste livro longo de 406 páginas de capa normal e preço muito bom tanto para formato físico como digital, percebemos Ellen explicando a luta do bem e do mal desde a formação do mundo.

Deus e Satanás (termo usado por ela) guerreiam por cristãos e é apontado como o planeta e as pessoas reagem e se comportam diante das situações da vida e os pecados, os ensinamentos e a posição da Igreja e do Papa. Uma parte bem interessante.

A Reforma Protestante é amplamente explicada com Lutero, Calvino, Roger Williams, este que foi importante para a história colonial americana e reconhecido como principal Reformador na América.

Foi muito interessante conhecer mais sobre estes pensadores e suas doutrinas.

A Igreja, Roma, o Papado e os seguidores perseguiram todos. Isso ocasionou fugas para outros países, dias de fome e frio. Houve julgamentos até a morte por enforcamento ou na fogueira.

Ellen em tudo que escreve cita a Bíblia, as palavras de Deus e de Jesus e sua importância de segui-los, inclusive citando exaustivamente o segundo retorno de Jesus que é citado na Bíblia.

Essa informação pode ser ou não assimilada por você.

Percebi que ela cita com muita inteligência o Cristianismo desde Roma com os Papas e como a Igreja obrigava seus fiéis a seguir, a dar o dinheiro, os pecados, as punições e como isso afetava a fé das pessoas.

Naquela época cada seguimento de Igreja brigava umas com as outras, ninguém era amigo, pelo contrário, lutavam pelos fiéis, esquecendo a verdadeira importância que Deus é um só e cada um segue o que lhe faz bem e acredita.

É um livro bem interessante, mas ressalto que em certos momentos torna-se repetitivo com tanto que ela fala da volta de Jesus e de Satanás que atrapalha muito os planos de Deus, falando de maneira simples, para que todos entendam.

Porém, mesmo com essa chatice, o livro mostra de uma maneira clara sobre o que é acreditar em Deus. Ele aborda a importância do sábado para os adventistas e como isso mudou com o decorrer dos anos.

O livro explora as profecias que constam na Bíblia. Ele ensina sobre os ensinamentos de Jesus, sempre relacionando tudo com as Escrituras Sagradas.

Não pensem que o livro é complicado. Pelo contrário, é de fácil entendimento para quem conhece a Bíblia. Para quem não sabe ou nunca leu,  vale a pena ler os versículos que ela cita. Isso tornará a leitura mais fácil, principalmente quando fala sobre Adão e Eva.

Uma boa leitura para quem quer abrir a mente. Respeitar e entender um pouco mais sobre Deus e seu universo cristão é essencial. Não devemos esquecer que a fé é importante. Devemos respeitar a todos, inclusive aqueles que são espíritas. Ellen não os esqueceu no livro.

E só para lembrar, ela em nenhum momento faz alguma crítica pois não é de seu caráter fazer isso, pois para quem conhece seus livros, Ellen sempre foi a favor de todos conversarem e se entenderem, sem guerra, sem brigas.

Uma mulher avançada para o seu tempo de uma inteligência ímpar que foi e é muito criticada, mas merece ser respeitada por tudo que representa para a Igreja Adventista e para a Ciência e outros segmentos.

Espero que tenham gostado.

Até o próximo comentário.