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O Barão Vermelho – Manfred von Richthofen – J. Eduardo Caamaño

Uma biografia bem diferente sobre um piloto importante para a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial.

Este foi um dos livros que demorei a leitura porque tem 904 páginas e é muito rico em detalhes, então deve-se prestar atenção para não perder o foco e entender a vida deste piloto.

Vamos conhecer Manfred von Richthofen.

Além da vida dele teremos também durante a Guerra a entrada das metralhadoras e a criação de novos aviões, portanto, para quem gosta deste tipo de leitura é muito bom, não que eu não goste, mas não é a minha zona de conforto.

Contudo, não posso negar que foi muito interessante porque este livro é o que existe de mais completo traduzido, além de único que fala deste grande piloto que morreu lutando pelo seu país: Alemanha.

Este apelido Barão Vermelho foi dado para um piloto aristocrata que conseguiu um número de vitórias que nenhum outro piloto de seu tempo foi capaz de alcançar: 80 aviões abatidos. Manfred foi capaz de ganhar o reconhecimento e o respeito até do inimigo.

Ele foi uma lenda após sua morte em 21 de abril de 1918.

O escritor demorou cinco anos para concluir o livro pois precisava estudar e averiguar todas as informações a respeito principalmente de sua morte que até hoje ainda é um mistério. Ninguém sabe de quem foi o tiro que matou o Barão.

Acompanharemos sua infância e entrada na carreira militar, como seguiu na aviação e como se apaixonou pelas aeronaves.

Manfred foi muito focado na sua carreira e fazia tudo com perfeição e com muita determinação. Era competitivo, líder nato e respeitava o seu país e os seus subordinados. Todos o respeitavam.

Buscou todas as conquistas respeitando inclusive, seus adversários que o temiam, quando via o seu avião que era pintado de vermelho.

Richthofen era tão confiante na vitória e em suas habilidades que em determinado momento decidiu pintar seu avião com a chamativa cor vermelha brilhante, clara provocação para qualquer um que se atrevesse a derrubá-lo. Aqueles que tentaram caíram sob o fogo impiedoso de suas metralhadoras.”

O seu sobrenome quer dizer Richt-Hofen corresponde à germanização Praetorius, que significa Corte de Justiça.

Nasceu no dia 02 de maio de 1892 na cidade prussiana de Kleinberg.

Era tímido e morreu sem deixar nenhum herdeiro e até hoje há um mistério se houve uma mulher em sua vida.

Durante todo o livro veremos suas amizades, seus diários de vitórias, suas imposições junto ao Império Alemão e quando já tinha conquistado tudo chegou a receber um cargo interno, pois os alemães o queriam vivo, já que era importante a figura de herói que ele significava naquele momento. Porém, Manfred negou pois não poderia ficar vivendo dos prazeres de suas vitórias enquanto os homens estavam nas trincheiras: ele continuaria lutando pelo seu país.

O livro é muito bom e tão detalhado que em certos momentos torna-se cansativo e por este motivo demora a leitura, contudo torna-se interessante a vida de um piloto que tem muito para ensinar em sua vida profissional.

A história dos aviões e a importância na guerra é espetacular como destaco a seguir:

Os aviões foram utilizados primeiramente em missões de observação, quando era necessário retirar o máximo de informação possível sobre as posições inimigas. Os observadores com câmeras de fotos: inclinando o corpo para fora de suas cabines, fotografavam as posições da artilharia inimiga, a disposição das tropas e sua distância do front.”

Enfim, um livro que pode ser lido por qualquer pessoa mostra como a Primeira Guerra Mundial foi a “mãe de todos os desastres do século XX”, durou quatro anos e provocou a morte de 22 milhões de pessoas, entre civis e militares, entre os quatro impérios: alemão, austro-húngaro, russo e o otomano e as dinastias: os Habsburgo do Império Austro-Húngaro, e os Romanov, do Império Russo.

Uma aula de história de fácil entendimento com fotos dos pilotos, de mapas, cemitérios, do próprio Manfred, além de ser disponibilizado com preço ótimo para livro digital com fácil acesso para nosso conhecimento.

Assim encerro este comentário com uma observação importante sobre a Primeira Guerra Mundial que teve apesar de tudo seu impacto positivo:

Apesar de tudo, a Primeira Guerra Mundial contribuiu de forma inquestionável para o progresso da aviação. Estima-se que, durante os quatro anos que durou o conflito, houve avanço no campo da engenharia aeronáutica equivalente ao produzido durante vinte anos de paz.”

Espero que tenham gostado.

Até o próximo comentário.

Podcast O Barão Vermelho
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