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Os fornos de Hitler – Olga Lengyel

Um dos livros mais difíceis que li nos últimos tempos.

Sabe aquele livro que você não consegue engrenar? Eu lia e parava porque é tanto horror. É pesado. Fica complicado continuar a leitura. Você não para de imaginar o que essa mulher passou nos campos de concentração. Você também pensa no que outras mulheres viveram na época do Hitler.

Sim, gosto destas histórias. Cada vez que lemos sobre esse assunto, há uma ótica diferente. Um relato é mais emocionante que o outro.

Olga escreve como se fosse um diário, rico em detalhes com toques de horror, sangue e muita crueldade.

Ela foi uma sobrevivente de Auschwitz, conta como chegou lá e como conseguiu sobreviver por longos dois anos.

Tudo começa quando embarca numa mudança de cidade com seu marido, um médico conceituado e famoso, seus filhos e pais. A princípio imaginavam que seria um novo emprego num hospital novo na Alemanha.

Mas quando chega, percebe que se trata de um campo de concentração. Quando são separados, Olga decide o destino de seus filhos e pais.

Os alemães separam as pessoas por fila da direita e da esquerda.

Olga é solicitada por um soldado que escolhesse em qual fila deveria colocar os filhos e seus pais. Na mais complicada dúvida, Olga imaginou uma determinada fila. Ela pensou que aquela fila teria menos trabalhos pesados e forçados.

Só que não, ela escolheu justamente uma que ficou para sempre marcada em seu coração.

Bastou isso para Olga carregar a sensação pelo resto dos dias e da vida. Ela sentiu que enviou seus pais e filhos para a morte.

A partir daí, começaremos com Olga a vivenciar as crueldades do campo. Essas incluem fome, frio, socos, sede e trabalhos pesados. Também há violência contra as mulheres, entre tantas outras coisas.

Nem sua posição social ajudou a ficar num lugar melhor, se é que existia. Somente quase chegando ao final, ela vai trabalhar num hospital como enfermeira e as coisas melhoram um pouco.

Seu marido, após aquele dia fatídico, encontrou-se com você apenas duas vezes. Depois, ele ficou sabendo de sua morte, já quando os alemães estavam perdendo a guerra.

Há muito conteúdo no livro. Porém, o assunto mais chocante é sobre o médico Mengele. Ele realizou experiências com seres humanos. Não dá para imaginar seres humanos como cobaias das mais sérias experiências. Eles fazem por prazer, para verem as pessoas sofrerem em busca da raça perfeita.

O livro é muito bom. Ele tem 240 páginas de um relato emocionante. Além disso, tem um preço ótimo para ambos os formatos, digital e físico.

Os fornos chamados de padaria também deixam um ponto marcante do livro. Eles se perguntavam como disfarçavam o cheiro de carne humana queimada. Também consideravam como escolhiam as vítimas. Outra questão era quando guergavam lá por simplesmente não servirem mais.

Cada capítulo, torcemos para que Olga consiga escapar e tentar ser feliz. Quando chegamos no final, sabemos que valeu a pena sua luta e glória.

Através desse livro ela quis mostrar o que não pode acontecer mais.

Hoje está casada novamente e tem uma instituição para vítimas dessa barbaridade.

Gostei muito de ler e recomendo para darmos valor a vida e tudo que temos, mesmo que simples. Lá você terá noção do que é valorizar uma simples batata.

Até o próximo comentário.

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