Os trabalhadores do mar – Victor Hugo

Este livro chegou como recomendação e ótimas opiniões e como o preço estava excelente para livro digital, resolvi conhecê-lo.

Vale dizer quem em audiolivro e versões físicas tem preços variados.

Como não li a sinopse fui direto ao primeiro capítulo e em certo momento, confesso, recorri a sinopse pois não estava entendendo nada.

Através das palavras de Machado de Assis que traduziu o livro, perceberemos uma história extremamente detalhada e com palavras difíceis, onde recorrer ao dicionário facilitará o entendimento.

Era tanto detalhe que até o tipo da madeira, o brilho do sol, o perfume da flor, entre outros simbolismos eram citados e para mim, cansou em vários momentos.

A história vai contando a vida dos marinheiros no mar e como eles faziam viajando de porto em porto ganhando e gastando seu próprio sustento.

Em certas partes preparem-se para diálogos sobre política pois estavam na época de Napoleão e a interferência da Igreja Católica, que a propósito foram interessantes.

Muito será descrito sobre um marinheiro chamado Lethierry que vive com sua sobrinha Déruchette, órfã de pais.

Ele a educou muito bem pois a mocinha era encantadora, embora não conhecesse muito bem o sentido da palavra amor, afastando os pretendentes do seu encalço. Contudo conservava uma doçura e bondade em determinadas situações.

Quando Lethierry descrevia sua sobrinha era comprovado seu amor e o que esperava para seu futuro.

Ele “gostava de mãos tostadas do homem e das mãos alvas da mulher.” De qualquer modo era assim que imaginava que seria a vida de sua sobrinha após o casamento, não faria nada, seria uma princesa.

Além de sua paixão pela sobrinha, amava seu barco chamado Durande que será até o final do livro importante para o destrinchar de todo o romance, que confesso, descobri muito depois que teria amor no contexto.

A vida do vilarejo e dos personagens será amplamente contada até o final, não se preocupem.

Também teremos um dos principais personagens que é Gilliatt que no início da história vive ainda criança com sua mãe, uma vida solitária e após a morte dela, mais solitária ainda.

Na ilha na qual viviam, todos os habitantes o esculachavam, falavam mal dele e veremos seu isolamento, porém por outro lado, segredos de sua personalidade são revelados, onde um homem incomum e apaixonado aparecerá.

Haverá um desafio para salvar o barco de Lethierry com uma luta com um monstro polvo que ficou muito chato de ler e nem prestei atenção, devo aqui confessar.

A leitura em muitos momentos é cansativa demais, beirando a chatice, mas fui além e quase no final fica bem interessante com o desenrolar na vida de Déruchette e Gilliatt além do já velho Lethierry.

Será que o monstro foi vencido?

O barco Durande foi salvo?

Déruchette se casou com Gilliat?

Como vocês imaginam o final do livro?

Só posso dizer que o final foi trágico e deu uma levantada na história e por isso classifico como um bom livro, mas preparem-se para 363 páginas.

Esta capa é o escritor e posso afirmar que em vários momentos fiquei igual ele: com esta fisionomia lendo seu livro.

Como sou curiosa, pesquisei e lembrei que ele escreveu “Os Miseráveis”, que não li e acredito que vou esperar um pouco antes de me aventurar.

Mas, para você que nunca ouviu falar deste importante escritor, resumo abaixo sua biografia.

Victor Marie Hugo nasceu em 26/02/1802 em Paris e faleceu em 22 /05/1885. Foi um romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos francês de grande atuação política em seu país.

É autor, como citei, dos Miseráveis e de Notre-Dame de Paris, entre outras obras clássicas de fama e renome mundial.

Descubra como pode ser fácil conhecer o mar, uma ilha, marinheiros e como sobreviviam, como se organizavam como sociedade, um pouco de Machado de Assis nas palavras do texto e Victor Hugo, tudo num só lugar.

Assim é o livro no qual espero que vocês se identifiquem com algo e tenham gostado da minha interpretação.

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Até o próximo comentário e um ótimo final de semana.