Ficção

Jane Eyre – Charlotte Bronte

Finalmente li esse livro tão famoso que demorei um pouquinho porém valeu a pena.

Uma referência na literatura inglesa do século XIX temos a família Bronte. Uma família onde todos tinham o dom da escrita na qual escreviam até os últimos dias de suas vidas.

Dos quatro irmãos que chegaram à vida adulta, três foram escritoras: Emily, Anne e Charlotte. O único homem, Branwell, era poeta, embora desconhecido.

Mas vamos ao comentário.

Charlotte, segundo dizem, escreveu o livro falando sobre ela mesma e fico abismada de como pode ter acontecido isso.

Charlotte nasceu em 1816, ficou órfã quando tinha 5 anos e foi criada por uma tia. Essa tia não gostava dela e não via a hora de livrar-se dela. Essa oportunidade apareceu quando Charlotte foi enviada a um colégio interno e daí sua vida mudou.

Fazendo esse resuminho falaremos sobre a personagem Jane Eyre. Ela está sendo criada por uma tia, que tem duas filhas e um filho. Este por sinal faz tudo o que quer com Jane, como bater, gritar e humilhar. As meninas nem ligam para Jane. Perceberam a semelhança?

Cansada de tudo, um belo dia seu primo a coloca numa situação humilhante. Sua tia decide enviá-la para uma instituição de caridade chamada Lowood.  Aliás, lá não é um dos melhores locais. A educação é rígida. Porém, ainda tem pessoas boas que acreditam em Jane. Diante de tudo que passava na casa da tia, Jane finalmente sente satisfação de ter ido embora. Nossa menina nessa época tem 10 anos.

Aproveitando a oportunidade, fazendo amigas, ela aprende muita coisa. Passados 8 anos, está formada para ser uma professora. Ela até leciona em Lowwod.

Mas seu desejo de sair daqueles portões é tão grande que resolve colocar um anúncio de emprego. Aceita para ser preceptora de uma menina numa cidade distante e assim vai em busca de novos horizontes e desafios.

Aceita no novo emprego, ela se afina com Adele, uma menina encantadora.

Adele é pupila de Edward Rochester, um homem distinto, porém arrogante.

Tudo fica diferente, animado, melancólico e porque não, romântico. A descoberta do amor é fascinante. Os debates infindáveis entre Jane e seu patrão Rochester recheiam as páginas com muito vigor e sabedoria. São assuntos tão atuais.

Muita coisa acontece. Um fato marcante destrói a vida de Jane mais uma vez. Ela foge de seu patrão sem nem deixar rastros.

Sua vida fica humilhante. Ela passa fome e frio. Porém, pessoas boas a acolhem.

Jane consegue novamente se reerguer, mesmo longe do seu grande amor.

Nesse novo lugar Jane vira uma professora amada e sente-se realizada.

Mas a vida ainda tem grandes surpresas.

Jane descobre algo incrível que anima seu coração. Isso a deixa numa situação financeira muito boa.

Recheada de vigor, com novas pessoas à sua vida, foi a parte do livro que achei bem chatinha. Parecia que não acabava. Diálogos embora que inteligentes com John, deixavam tudo cansativo, parecia que não acabava mais.

Porém sabiamente a autora conduz Jane de volta ao passado. Ela precisa resolver assuntos inacabados. Aí, caro leitor, o final fica lindo e surpreendente.

A felicidade contada por Jane te comove e contagia e chegamos ao final das 630 páginas dessa edição que comprei.

Demorei um pouco a leitura porque não conseguia ler direto apesar de ser legal.

A linguagem é fácil, com uma vida marcante e um final revelador.

Como dizem: Jane Eyre narra, além de uma comovente história de amor, a saga de uma jovem em busca de uma vida mais significativa do que a sociedade inglesa do século XIX tradicionalmente permitia às mulheres.

O preço do livro digital estava ótimo quando comprei, agora está acessível e muito bom também para livro físico.

A capa é linda, singela e que transmite tudo o que é Jane: batalhadora, questionadora, meiga, justa, verdadeira e feliz!

Gostei da leitura porém adianto que será longa, porém prazerosa.

Espero que tenham gostado.

Até o próximo comentário.

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