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O diário de Nisha – Veera Hiranandan

O diário de Nisha no Comenta Livros

Mais um livro que recebo da Darkside e não tenho vontade de ler,  somente admirar e sentir o cheiro de coisa nova, caprichada. Simplesmente a capa é demais e as páginas com letras que não cansam seus olhos e uau, quanto capricho em tudo!!!!

Um livro para guardar para a vida toda, por isso é caro para os padrões normais, mas vale muito a pena o investimento.

A autora se baseia na vida de seus familiares, misturando um pouco de ficção, quando conhecemos Nisha, uma indiana de 12 anos que começa a escrever para sua mãe em seu diário.

Ela é muito tímida, quase não fala e como não conheceu sua mãe, tenta através das páginas do diário, esclarecer dúvidas e dizer o quanto queria conhecê-la.

O diário começa em 14 de julho de 1947 e termina em 10 de novembro do mesmo ano.

Uma época da divisão da Índia em dois países: Índia e Paquistão. Aqui vale uma ressalva, que não lembro de ter estudado isso na escola e nem imaginava que houve uma divisão por conta de religião. Hindus, muçulmanos, sikh, tantas que nem consegui gravar.

Todas brigando por espaço, matando pessoas. Com tudo acontecendo muitas saíram de  sua casa, abandonaram  tudo para viver num lugar onde fossem aceitos.

Esse foi o caso de Nisha que vivia com seu pai (um médico), sua vó, seu irmão Amil e Kazi o cozinheiro e membro da família.

Kazi foi muito importante para Nisha pois ela só sentia vontade de falar com ele e aprendeu a cozinhar vendo ele preparar as refeições. Isso foi fundamental pois quando Nisha precisou cozinhar para sua família sem ajuda de Kazi, estava preparada.

Seu irmão Amil, era seu amigo, mas Nisha queria ter uma amiga de verdade e Amil não era essa pessoa, mas dividia aquilo que era possível com ele.

Amil era imperativo, perguntava tudo, tinha uma alegria no sorriso e pintava como sua mãe.

Aos poucos ficamos curiosos para saber como será essa jornada de abandonar tudo, atravessar o deserto, se esconder na casa de seu tio que nunca conheceu e depois chegar em Jodhpur (cidade de médio porte localizada no estado indiano do Rajastão).

Nisha não entende porque todos não podem viver juntos mesmo tendo religiões diferentes, uma vez que sua mãe era muçulmana e seu pai hindu. Ela citava Gandhi esperando que ele resolvesse esse conflito.

Tanta coisa em 288 páginas que fiquei com a sensação de gostar de uma menina sem nunca ter visto, mesmo fictício.

Emocionante cada relato, cada descoberta de uma vida que começa cheia de questionamentos, desafios, mortes, mas que compensa quando chega no final do livro com o encontro de alguém que Nisha ama muito.

A vida finalmente parece sorrir para essa família que só queria ser feliz e Nisha só queria um mundo melhor e poder ter uma amiga para finalmente falar.

Comprem o livro, guardem para sempre e se encantem com esse relato sensacional.

Espero que gostem.

Boa leitura.

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