Biografia

Tupac Shakur – Staci Robinson

Gosto de uma boa biografia e escolhi esta para nossa dissertação.

Conheceremos Tupac Shakur.

Atualmente tem um homem preso que assumiu a autoria do crime, mas na época da biografia, ainda não havia sido preso.

Tupac foi assassinado e até hoje, trinta anos após a sua morte, fatos ainda não foram revelados.

Diante de irreverência e inteligência, esta biografia bem redigida e esclarecida te fascina do começo ao fim, porque realmente é detalhada sobre a vida deste astro do hip hop que foi também um ótimo ator, poeta e como falam, uma lenda.

Não acompanhei Tupac pois era bem nova, entretanto, só o conheci após sua morte, e lendo sua biografia tive uma outra visão sobre o homem que lutou até o fim no que diz respeito às condições de vida e direitos aos negros.

A foto na capa mostra a força e imponência que ele tinha só em estar nos locais.

O preço para livro digital está ótimo e caro para livro físico, contém 432 páginas que penso ser mais, pois em certos momentos, não finaliza sua história, que aliás, termina com a sua morte em 13/09/1996.

Tupac foi baleado em Las Vegas após assistir a luta de Mike Tyson. Ele ficou internado por alguns dias, mas faleceu.

Ele deixou sua mãe e sua irmã. Após alguns anos de sua morte, sua mãe procurou a escritora e autorizou a conclusão desta biografia, que é a única verdadeira no mercado.

Ela acreditava que eu poderia contar a história do filho dela com integridade e sob uma perspectiva justa e equilibrada. O bom e o ruim. Suas dificuldades e seus sucessos. As gafes e os erros.”

“A primeira coisa que fiz foi criar uma linha do tempo da vida de Tupac, do nascimento até a morte.”

E isto aconteceu realmente pois estaremos diante de uma vida sofrida de Tupac já na barriga de sua mãe que sempre foi seu exemplo e sua heroína como ele falava.

A escritora entrevistou todos aqueles que estiveram ao lado dele em todos os momentos, descobrindo inclusive que seu prato favorito era frango frito e assim, aos poucos, o livro foi  sendo construído.  

Afeni Shakuer vive com o marido Lumumba e o livro começa com seu apartamento sendo invadido por policiais que usaram de violência extrema em 02 de abril de 1969.

Afeni e Lumumba eram líderes de divisão da filial nova-iorquina do Partido Panteras Negras – uma organização, que pelos dois anos anteriores, estivera sob ataque do governo americano. Alguém do Partido havia os traído e eles foram presos.

O governo naquela época considerava o Partido dos Panteras Negras um grupo “subversivo”, definindo-os publicamente como a “maior ameaça à segurança interna dos Estados Unidos” e alegando que eles seriam extintos até o fim daquele ano.

A partir daqui sua vida mudaria para sempre e a de Tupac também pois logo ele nasceria.

Afeni não nasceu com este nome. Ela nasceu Alice Faye Williams.

O nome Afeni foi sugerido por um professor e significa “querida” e “amante do povo.”

Ela casou-se com Lumumba Shakur que era vice-ministro da defesa da divisão do Harlem e filho de Saladin Shakur, seguidor da filosofia de Marcus Garvey e parceiro de Malcom X.

Quando Tupac nasceu para impedir que o governo marcasse seu filho como um bebê dos Panteras e o indicasse com uma “ameaça à sociedade”, Afeni decidiu registrá-lo como Parish Lesane Crooks.

Depois veio a ser Tupac Amaru Shakur que significa “real” ou “brilhante” para Tupac e “serpente” para Amaru.

O nome pertencia originalmente a uma linhagem de honrosos líderes inca peruanos. Era desejo de sua mãe que Tupac incorporasse o espírito da África, mas também o espírito de todo o povo indígena do mundo.

Não tem como iniciar o comentário sem estas informações porque Tupac já nasceu predestinado a brilhar como comprovamos através da força e luta de sua mãe, que mesmo presa não quis advogado, estudou, se defendeu e viveu na pobreza, porém ensinando aos filhos a dignidade de ser negro e lutar pelos seus direitos.

A liderança de Tupac aparece aos 12 anos de maneira ousada já tornando-se parte de sua identidade.

Ele lia bastante e estudava para ajudar um dia sua família e entre os livros que adorava estavam: Platão e Sócrates.

Além disso devorou romances como “O Apanhador no campo de centeio”, “Moby Dick” e “Negras Raízes: a saga de uma família.” Leu também muitas peças de teatro, jornais, poesia e consultou vários livros sobre arte.

E foi cativado pela obra-prima literária “Maquiavel, O Príncipe”.

Seguimos então em sua vida percebendo sua inteligência,  seus questionamentos e como desde menino tinha em sua mente: morreria aos 25 anos, como aconteceu.

A história mostra trecho de músicas, diálogos de Tupac com a família, amigos, empresários, como surgiu sua veia para ser ator e depois um cantor de muito sucesso.

Polêmicas fizeram parte de sua vida, assim como algumas prisões.

Mas, a biografia mostra como era o homem Tupac, um cara que adorava o que fazia e trabalhava incansavelmente até que tudo estivesse perfeito.

Foi injustiçado, fez inimigos e morreu por causa de uma vingança entre a Costa Norte e Costa Oeste.  

Ajudou sua família, descobriu depois de anos seu verdadeiro pai, teve poucos amores e desconfiava de sua sombra.

Seu grande e verdadeiro amor foi sua mãe que lutou muito para colocar comida dentro de casa, onde muitas vezes não tinha, lutou contra o vício, superou e ajudou no sucesso da carreira de seu filho, falecendo dois anos depois de sua morte.

Ela o criou para ser um homem negro forte, digno de respeito e dignidade num mundo que ela sabia que o trataria de maneira diferente.

Tupac escreveu uma das mais comoventes e poderosas obras para sua mãe quando ela vivia no auge das drogas, já destacadas no trecho que diz assim:

Quando sua heroína cai em desgraça/Todos os contos de fadas são desmascarados/Mitos expostos e dor amplificada/A maior das dores descoberta/Você me ensinou a ser forte/Mas estou confuso por te ver tão fraca/Você me disse para jamais desistir.”

Concluindo, uma biografia espetacular que mostrou uma outra vertente deste homem que lutou até o fim, que ajudou a sua família, dividiu o mundo musical, diversificou e deixou um legado lembrado até hoje.

Acredito que se ele estivesse vivo atualmente, tanta coisa teria mudado e ele mesmo será que continuaria a ser aquele homem de 1996?

Tupac por tudo que sofreu e viu sua mãe sofrer possuía dentro dele raiva acompanhada de perseguição em sua vida, que em algumas vezes, não havia fundamento.

Não sei, imagino que foi o momento certo, talvez da forma errada.

Espero que tenham gostado da dica de hoje.

Até o próximo comentário.

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