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Hitler – a encarnação do mal – Claudio Blanc

O livro fala sobre o homem mais temido da Terra e o mais estudado de todos os tempos: Hitler.

Aqui veremos como Hitler entrou na guerra e subiu ao poder na Alemanha.

O livro é ótimo e está escrito de maneira objetiva nas suas 161 páginas que baixei no aplicativo Skeelo, contudo há disponível com excelente preço na Amazon.

O escritor detalha sobre o nascimento, a infância, a convivência familiar, poder e sua morte em 1945 quando suicidou-se ao lado de sua esposa Eva e seus cachorros.

Hitler era filho de um pai violento e uma mãe protetora. Nasceu no povoado austríaco de Brauau em 20/04/1889.

Seu pai dava surras nele por conta de motivos mais ínfimos e as adulações mais desmedidas da mãe. Aliás, segundo dizem, sua mãe era o seu grande e único amor.

No livro é traçado seu perfil psicológico baseado na sua infância e juventude.

O passo a passo da guerra com vitórias e derrotas são explicados no livro, o que é interessante, onde a atenção faz-se necessária com pontos a analisar e refletir.

Deixarei durante o comentário vários destaques importantes onde o escritor detalha cada cena dentro de um contexto tenebroso que foi a guerra.

Nos primeiros anos do século XX, uma acirrada disputa por questões territoriais entre o Império Austro-Húngaro e a Rússia acabou se tornando tão ácida que veio a envolver a Alemanha, França, Grã-Bretanha e o Império Otomano, arrastando o mundo para uma guerra mundial.

Foi nesse ambiente em que as questões políticas inflamavam o ar, alimentadas pelo combustível do preconceito racial, que Adolf Hitler foi criado.”

Ele se julgava intransigente e predestinado que poderia tirar a Alemanha da decadência.

E aqui pergunto: É a História que faz o líder? Ou, o líder que faz a História?

A Alemanha sai humilhada da Primeira Guerra e precisava dar uma resposta ao seu povo, além de enfraquecida financeiramente.

Como Churchill dizia “a insensatez dos vencedores” referindo a Primeira Guerra. Ele foi o grande inimigo de Hitler.

Com isso, Hitler juntou a sede de vingança e de justiça de todo o povo alemão e como um fanático e louco repleto de fúria foi capaz de imaginar seu povo à tão sonhada vitória.

Abaixo seguem os destaques importantes quando Hitler ganhava mais poder.

Foi uma descoberta, o reconhecimento de um dom. Através dele, Hitler veio a se tornar o Fuher; a ser capaz de convencer o indeciso e de fanatizar o adepto.

“Entre os principais motivos pelos quais Hitler culpava os judeus pelos problemas da Alemanha estava o fato de estes serem partidários da república e contrários à Monarquia.”

O escritor explica as formas de governo e qual Hitler adotaria caso vencesse a guerra, além de filosofias que seguiriam, seus fiéis escudeiros, sua maneira de pensar e agir.

O preconceito e o ódio aos judeus renderam longos capítulos.

O que quer que viesse dos judeus estava infectado, segundo Hitler.”

Seu ressentimento em relação aos comunistas e marxistas também tem destaque na história.

Ele ficou preso por um período onde leu alguns livros de pensadores e por isso tinha uma opinião forte sobre vários assuntos, principalmente aqueles que atrapalhariam sua vida política na Alemanha.

Além disso, depois do fim do conflito, os seguidores da doutrina de Marx tentaram o poder e fragmentar a Alemanha. Eram uma ameaça à unidade do país. Hitler se opunha ao marximo porque ele entendia que os judeus estavam por trás desse conceito.

“A doutrina judaica do marxismo nega o princípio aristocrático da natureza e, lugar do eterno privilégio da força e da energia, coloca seu peso morto em cima dos números.”

Sobre a divisão do poder ficava clara com a observação abaixo:

Os dirigentes políticos teriam conselheiro, mas a palavra final será obra de uma só pessoa, isto é, do próprio Hitler.”

Muitas das informações citadas no livro, o escritor pesquisou em cima da biografia traduzida como “Minha Luta” que Hitler escreveu durante o período no qual esteve preso.

Hitler acreditava que para viver em paz precisava primeiro lutar e conquistar.

Primeiro deveríamos lutar e depois teríamos o pacifismo. O Pacifismo a que se refere Hitler é a dominação e a escravização de outros povos – como aconteceu com os judeus.”

O destaque bem descrito é para o capítulo sobre os super-homens que fala sobre a purificação da nação germânica.

A autoridade nazista é quem determina os aptos ou não para terem filhos, podendo até mesmo esterilizar os indivíduos que não correspondessem ao padrão determinado.”

Hitler propunha dividir a população em três classes:

– Cidadãos do Estado;

– Súditos;

– Estrangeiros (estes sem participarem da vida cívica).

O incentivo à educação era prioridade aos jovens que tinham que escolher o boxe como esporte.

Os principais bordões do criador do nazismo eram: o antissemitismo, o anticomunismo, antiparlamentarismo, a expansão da Alemanha e a crença na superioridade da raça ariana.

Ele também entendeu que a democracia era uma força desestabilizadora, uma vez que esse regime concede poder às minorias.”

Sua paixão por símbolos também é citada.

A suástica, o mais notório símbolo do nazismo, evoca inevitavelmente imagens de guerra, caos, destruição, Holocausto e intolerância.”

O papel da mulher foi tão cruel que é difícil de ler.

As mães com quatro ou mais filhos recebiam medalhas e honras semelhantes às dos veteranos de guerra. Seu papel como genitoras de crianças de raça superior era essencial.

“Por outro lado, por conta de seu papel como rainha do lar muitas mulheres profissionalmente ativas eram pressionadas no sentido de deixar seus trabalhos.”

Podem imaginar o que fariam para convencê-las não é mesmo?

Destaque para a facilidade de falar em público como um pequeno trecho de um dos vários discursos do livro.

Eu liderei o movimento (nazista) sozinho, e ninguém irá impor condições até eu continuar a deter pessoalmente a responsabilidade. As massas são como um animal que obedece apenas a seus próprios instintos.”

Teremos a amizade de Mussolini e Hitler. Inclusive sua fuga quando Hitler deu-lhe proteção.

Não me lembrava que a morte de Mussolini foi trágica. Seu corpo e da amante foram levados a Milão e pendurados em ganchos de açougue, expostos em praça pública, onde foram apedrejados.

Mussolini havia destruído a Itália e o povo descontou sua ira naqueles corpos.

Enfim, um livro completo conforme já citado, com fatos complementares que valeram a pena a leitura por mais que seja trágico, triste e medonho saber que a História teve um personagem que infelizmente, ainda hoje, tem adeptos pelo mundo.

Encerro o comentário informando que o Dia Internacional do Holocausto é celebrado em 27 de janeiro e antes que me esqueça, o livro acompanha muitas fotos e mapas da guerra que agregaram muito a história.

Espero que tenham gostado.

Até o próximo comentário.

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