Textos da Dri – Obrigada pela sua presença!
Há algum tempo queria escrever um texto sobre a amizade, porém faltava inspiração.
Como tudo tem seu momento certo para acontecer decidi falar um pouco sobre a amizade com a minha amiga Elis.
Elis surgiu na minha vida através de uma empresa na qual trabalhamos e o começo foi bem estranho entre nós.
Eu deslocada no setor percebia que os profissionais, mas principalmente Elis fugia de mim por algum motivo. Não me chamavam para almoçar e falavam com muita cautela assuntos referentes ao trabalho.
Fiquei intrigada e depois de algum tempo descobri que a nossa gerente numa reunião comentou com que éramos amigas, inclusive de visitarmos a casa uma da outra e que eu estaria ali para colocar ordem no departamento.
Nunca fui em sua casa e vice-versa apenas trabalhamos juntas e quando surgiu a vaga lembrou de mim que estava desempregada na época.
Como descobri isso? Com muita calma perguntei para cada um o motivo de terem aquele comportamento comigo e eles explicaram tudo
Indignada falei que estava ali para ajudar e contribuir e que não queria o lugar de ninguém e assim consegui trabalhar com mais segurança.
Vejam que constrangedor. Estava como temporária no lugar de uma profissional que já estava há muito tempo na empresa e que todos gostavam.
A partir disso segui minha vida e tudo seguia muito bem, só que não.
No dia que a profissional deveria retornar ao trabalho me efetivaram e desligaram a coitada.
Eu feliz e eles emburrados de novo. Senhor isso nunca terminaria?
Mais um calvário para explicar que não tive nada a ver com isso, porém já tinha ganhado a confiança e o respeito deles e assim ficou mais fácil e respirei aliviada.
Nesta altura do campeonato eu e Elis já almoçávamos juntas e nos tornamos amigas. Trocávamos informações profissionais, ela me dava carona, íamos a terapia juntas e aos poucos fomos nos conhecendo melhor.
Apressadas e ansiosas como somos resolvemos marcar um encontro com os maridos num bar na Mooca em São Paulo.
Chegando lá com medo deles não se gostarem fizemos as apresentações e eles iniciaram o papo. Percebemos que ficaram tão entretidos que nós parecíamos que nem existíamos naquela mesa de bar. Se entenderam muito bem marcando inclusive novos encontros. A sensação é que já eram amigos.
Ficamos felizes e com cara de interrogação imaginando como o destino é doido.
Só nos restou comer, conversar e ficar de olho na filha deles que estava emburrada pois não tinha nada para fazer. Tadinha, 5 anos no meio de adultos? Até eu reclamaria!
Depois deste encontro não nos largamos mais e são mais de 20 anos de amizade.
Amizade sincera, sem inveja, verdadeira, onde já passeamos muito, bebemos várias xícaras de café, cervejinhas dos maridos, festas de aniversários, Natal, Ano Novo e lógico bate papos incríveis com as respectivas famílias.
A filha deles já se formou, temos bichinhos de estimação (eu o Sebastian e a Elis o Toby Gallo) e o mais incrível viajamos juntas sem os maridos numa viagem de amigas onde foi tudo de bom. Fomos para João Pessoa na Paraíba.
Nunca brigamos e claro podemos divergir, porém ouvimos e chegamos sempre num consenso.
Ah, a maior coincidência: sou do signo de Touro e o marido dela também, fazemos aniversario no mês de maio, muito legal não é?
Não posso deixar de falar que ciúmes tenho sim, sou taurina, mas controlado e a Elis é de boa, até ri quando falo que ela me esqueceu ou que prefere outras amigas (há.há.há).
Enfim, o Textos da Dri de hoje é sobre uma amizade incrível onde temos muita gratidão pois sempre nos ajudaram em momentos bem difíceis e seremos eternamente agradecidos.
No último final de semana nos encontramos depois de um ano e foi bem intenso. Não deu para colocar todo o papo em dia, mas 2022 está aí e novas aventuras existirão.
Casal incrível, Elis e Marcão, obrigada pela amizade e carinho, vocês moram no nosso coração e como eu disse quando nos despedimos: “ nossos encontros podem ser poucos, mas são intensos regados com muita comida, café, cerveja e amizade.”
Assim foi o Textos da Dri de hoje.
Espero que tenham gostado.
Beijos.
Adriana Mellado