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Traficantes Evangélicos – Viviane Costa

Quando baixei este livro, por coincidência, à noite, passava na televisão uma reportagem feita pelo Jornal da Band com este mesmo tema que me deixou curiosa e abalada.

Em contrapartida, este livro chegou e achei que poderia esclarecer alguns pontos.

Viviane Costa é pastora, nascida em berço evangélico, formada na Igreja Assembleia de Deus e é autora da pesquisa que deu título ao livro.

O assunto do livro basicamente é a invasão errônea da religião nas comunidades utilizadas pelos chefes do tráfico onde Jesus e a bandidagem andam juntas.

Ela esclarece sobre o pentecostalismo que se caracteriza pela crença na continuidade da manifestação e ação do Espírito Santo como nos tempos da Igreja primitiva.

Suas informações são como a Igreja Evangélica ganhou muitos adeptos no decorrer dos anos em relação à Igreja Católica e seus pontos de conflitos.

Enquanto um sacerdote católico, depois de identificar sua vocação e escolher o celibato, permanece aproximadamente sete anos para completar a formação ministerial, pentecostais recém-convertidos se tornam ministros em poucos meses.”

“Os indicativos das últimas décadas apontavam para o declínio da hegemonia católica e a constante ascensão dos evangélicos, especialmente os pentecostais.”

Como podemos perceber, ela narra baseado em dados e outras pesquisas de sociólogos e pesquisadores renomados que falam sobre a invasão da religião, inclusive citando a umbanda, candomblé e o espiritismo e como a população da comunidade lida e aceita isso.

Neste ponto do livro pouco vi sua opinião, apenas citava dados, casos de bandidos famosos que usam santos nas comunidades e não expressou nada que fosse mais atualizado.

Seus dados eram de censos antigos e reportagens mais antigas ainda. Por isso, fiquei desanimada neste ponto, porém decidi seguir com a leitura.

Em certo momento ela cita que a “religião não é mais coisa herdada, mas escolhida.” E vimos a explanação de um sociólogo e mais dados.

Mais adiante ela comenta que “a religião não imuniza contra o sofrimento, tampouco o elimina, mas ressignifca e torna suportável.” Muitos bandidos usam a religião para doutrinar seus seguidores de forma errada e muitas vezes a população aceita por uma série de fatores onde a descrença na polícia encabeça diversas opiniões.

Durante visitas de alguns sociólogos e pesquisadores perceberam que a “associação entre o tráfico, a macumba e o mal se faz presente. Nos casos envolvendo as casinhas de santo, o vínculo fica ainda mais evidente.”

Senti em vários pontos que ela tendia a manifestar que as igrejas evangélicas fazem mais que a igreja católica e citou dados de épocas passadas.

Algumas citações de moradores são colocadas, porém nada que ela estivesse presente, senti que apenas queria colocar as informações se omitindo do dia-a-dia.

As facções rivais invadem as comunidades e colocam o seu “Deus” no lugar do outro como por exemplo um traficante que metralha a imagem de Exu Caveira, que teria sido confeccionada por outro, de facção rival.

Enfim, um bom livro, porém sem impactar, faltou algo a mais, sua opinião e posicionamento, pois segundo a reportagem que assisti, os bandidos estão usando a religião para atrair mais seguidores e assim passarem a imagem que fazem aquilo com o consentimento do seu Deus. Isso não é acreditar em Deus, infelizmente, mas tirem sua própria conclusão.

Ele está com preço muito bom para livro digital, capa com título que chama a atenção, leitura cansativa em certos trechos e 160 páginas.

E vocês já leram algo assim? Querem deixar uma indicação? Coloque no comentário a sugestão.

Um ótimo final de semana e até o próximo comentário.

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